A oxigenioterapia é recomendada para os quadros de doenças respiratórias em que há prejuízos na absorção do oxigênio. A queda da saturação leva à necessidade de administração extra de oxigênio para garantir a saúde e a qualidade de vida do paciente.
As doenças respiratórias comprometem a concentração de oxigênio no organismo. Com isso, outros órgãos também são afetados pelo problema, o que tende a prejudicar de forma significativa a qualidade de vida da pessoa. Em quadros como esse, o especialista recomenda a realização da oxigenioterapia.
Esse tratamento é muito importante para que o organismo se mantenha equilibrado e com a saturação ideal de oxigênio. Dessa forma, é possível preservar a saúde e também aumentar a expectativa de vida do paciente.
Porém, não são todos os quadros de doenças respiratórias que necessitam da oxigenioterapia. Então, preparamos este conteúdo para explicar quando ela é recomendada. Continue lendo para ver a resposta.
A oxigenioterapia é um tratamento indicado para quadros de problemas respiratórios que comprometem a saturação de oxigênio no organismo. Quando o problema dificulta a absorção adequada do oxigênio presente na atmosfera, é feita essa administração extra para manter os níveis ideais.
A quantidade de oxigênio presente no ar que respiramos é de apenas 21%. Por isso, pessoas com quadros graves de doenças respiratórias não conseguem suprir as necessidades do seu corpo apenas com ele. Afinal, os pulmões estão comprometidos e não absorvem o oxigênio da mesma maneira como as pessoas saudáveis.
A oxigenioterapia oferece uma dose extra de oxigênio todos os dias para manter a saturação acima dos 90%, que é o nível ideal para qualquer pessoa. Dessa forma, há um impacto positivo para a saúde e a qualidade de vida como um todo.
A oxigenioterapia prolonga a expectativa de vida, melhora a autonomia e a capacidade de locomoção, possibilita manter uma vida social, melhora a qualidade do sono e promove melhoria na função cardíaca.
Como explicamos na introdução, não são todos os casos de doenças respiratórias que exigem o uso da oxigenioterapia. Esse tratamento é recomendado apenas quando o problema respiratório impede a absorção adequada do oxigênio da atmosfera.
As doenças respiratórias que costumam causar deficiência de oxigênio no organismo e que requerem o tratamento de oxigenioterapia são:
Até mesmo quadros de apneia do sono podem necessitar da oxigenioterapia. O especialista faz a avaliação do paciente para definir a maneira como o tratamento será realizado. Afinal, o oxigênio é administrado como um tipo de medicamento. O tratamento precisa ser seguido à risca, pois o excesso de oxigênio também é prejudicial, pois provoca intoxicação.
A oxigenioterapia é um tratamento domiciliar. Existem tipos diferentes de oxigenioterapia, que são recomendados de acordo com a necessidade de cada paciente. Alguns exemplos mais comuns são:
O profissional também vai prescrever a taxa de fluxo do oxigênio, a duração do uso da oxigenioterapia e o tipo de equipamento que será utilizado.
São levados em consideração diferentes aspectos, como o estilo de vida do paciente, a quantidade de oxigênio que ele necessita, quando ele precisa do oxigênio extra, quais são as atividades realizadas durante o dia, os custos do tratamento para esse paciente e até mesmo onde ele mora.
A administração do oxigênio pode ser feita, por exemplo, utilizando um concentrador de oxigênio, em que o gás se mantém pressurizado em um cilindro de metal. Mas também existe a opção do sistema líquido.
Em relação à quantidade de horas, como dito, tudo depende da necessidade de cada paciente. Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica, por exemplo, podem precisar de no mínimo 15 horas por dia de tratamento.
De toda forma, a oxigenioterapia é uma grande aliada que permite melhorar de forma significativa a qualidade de vida do paciente. A administração correta do tratamento é fundamental para garantir os benefícios do tratamento e evitar qualquer risco em função da dosagem excessiva de oxigênio.
A poluição do ar é uma grande vilã da saúde respiratória. Por isso, é importante adotar medidas protetivas, como garantir a hidratação orgânica, manter os ambientes limpos e umidificados e usar máscara de proteção para não respirar a fumaça e outros poluentes.
A poluição do ar é um problema vivenciado, principalmente, pelas pessoas que moram em grandes centros urbanos. Essa situação afeta a saúde respiratória de todas as pessoas, mas é ainda mais prejudicial para aqueles que já apresentam doenças, como asma e bronquite.
Além disso, em certas épocas do ano, a concentração de poluentes aumenta de forma significativa. Sendo assim, precisamos adotar cuidados com a saúde respiratória ao longo do ano inteiro e intensificar essas medidas na época da seca.
Mas o que pode ser feito para garantir essa proteção? Preparamos este artigo para responder a esta pergunta. Continue lendo e confira.
Nos horários de maior movimento na cidade, a concentração de poluentes no ar aumenta. Por isso, sempre que possível, é interessante fazer mudanças de rota, evitando as áreas mais movimentadas. Também preferir os horários com menor circulação de veículos para reduzir o contato com a fumaça.
Quando praticamos exercícios ou realizamos algum tipo de atividade física a frequência respiratória aumenta. Por consequência, inspiramos muito mais poluentes, e isso precisa ser evitado. O ideal é que você escolha com cautela os locais onde vai ser exercitar. Dê preferência para os parques arborizados, ou então frequente academias com ambiente fechado.
As narinas contêm filtros naturais que ajudam a reter uma parte dos poluentes no ar para evitar que eles acabem alcançando os pulmões. O ideal é fazer a limpeza delas de maneira frequente. Pode ser utilizado o soro fisiológico para isso. Essa medida também ajuda a manter a hidratação das mucosas.
A limpeza das narinas é eficiente, porém, para que as mucosas estejam hidratadas, é fundamental que o organismo como um todo também esteja. Portanto, beba bastante água ao longo do dia, principalmente quando o tempo estiver mais seco ou com temperaturas muito altas. Cuide também da hidratação das crianças e dos idosos.
Dentro de casa, podemos garantir um ambiente mais saudável para o sistema respiratório. É verdade que não ficamos 100% protegidos da poluição do ar, mas é possível reduzir o contato com ela por meio de uma faxina caprichada. Elimine a poeira e tudo aquilo que possa levar ao acúmulo dela. Também elimine o mofo e faça uma boa higienização nas roupas de cama.
Você pode melhorar a qualidade do ar respirado dentro de casa aumentando a umidade. Isso pode ser feito com o uso de aparelhos umidificadores. Essa medida é particularmente importante durante as épocas de menor incidência de precipitações.
A máscara cirúrgica garante uma boa proteção para os pulmões, evitando respirar a poluição do ar. Ela pode ser usada quando há uma concentração maior de poluentes, ou então quando a saúde respiratória não está muito bem. Isso vai evitar o agravamento do quadro.
Todos esses cuidados são medidas individuais que cada um precisa adotar com a sua própria saúde respiratória. Porém, o ideal seria reduzirmos a poluição do ar para cuidar da saúde de todas as pessoas.
Sendo assim, medidas públicas são fundamentais para melhorar a qualidade do ar respirado nas cidades. Isso envolve, por exemplo, a melhor estruturação do transporte público para reduzir o volume de carros nas ruas, o sistema de rodízio ou de carona, a arborização dos espaços públicos e também o uso de combustíveis menos poluentes.
É possível cada qual fazer a sua parte para diminuir a poluição do ar, evitando o carro sempre que possível e também as queimadas. De toda forma, a proteção individual é indispensável enquanto ainda não temos uma qualidade atmosférica satisfatória para garantir a saúde respiratória de todos.
Até o momento, a asma é uma condição crônica que não tem cura. No entanto, pessoas com esse quadro podem ter uma boa qualidade de vida. Para isso, é preciso adotar as medidas de controle que ajudam a evitar as crises, como a administração de medicamentos de manutenção.
A asma é um problema de alta recorrência que afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma inflamação crônica que se relaciona com a interação de fatores ambientais e genéticos.
Esse quadro não tem cura, por isso, a pessoa precisa conviver com a asma. Existem momentos de redução dos sintomas e outros em que as crises podem se manifestar de uma forma intensa. Por isso, a asma afeta de maneira significativa a qualidade de vida.
Mas se é preciso conviver com o problema, o que pode ser feito para evitar o agravamento dele? Neste artigo você vai saber um pouco mais sobre o controle da asma. Continue lendo.
Em uma pessoa que tem asma, as vias respiratórias são mais sensíveis. Por isso, fatores que para outros indivíduos não causam grandes efeitos podem desencadear crises respiratórias naqueles que têm o problema, desencadeando sintomas muito desconfortáveis e até mesmo perigosos.
Ainda não foi desenvolvida uma cura para a asma, mas existem medidas que podem ser adotadas para que as crises sejam menos recorrentes e, se acontecerem, com sintomas menos desconfortáveis e sem a necessidade de internações.
Para fazer o controle da asma são adotados dois cuidados gerais. O primeiro deles, e muito importante, é o uso dos medicamentos. Também são necessárias algumas mudanças no estilo de vida e no ambiente para evitar o contato com os fatores que desencadeiam as crises.
Confira a seguir mais detalhes sobre essas duas formas de controle da asma.
Os medicamentos desencadeiam um papel muito importante no controle da asma porque, como se trata de um quadro crônico, é preciso manter o equilíbrio do organismo com o objetivo de evitar que as crises aconteçam.
Para isso, costuma ser feita a administração de medicamentos controladores com ação anti-inflamatória. Eles evitam os picos de resposta do sistema imunológico aos fatores irritantes que afetam as vias aéreas e manifestam as crises.
Porém, quando elas ocorrem, é preciso intervir com medicamentos com uma ação mais rápida, como os broncodilatadores. Eles controlam os sintomas para que não se intensifiquem, evitando a necessidade de buscar auxílio médico de emergência.
Administrar a medicação de controle é fundamental para evitar o uso da medicação urgente. Por isso, pessoas que têm asma precisam fazer o acompanhamento médico e manter a rotina de ingestão das substâncias controladoras.
As mudanças gerais são aquelas que ajudam a evitar que a pessoa com asma tenha contato com os fatores que desencadeiam as crises. Eles podem ser, por exemplo:
Sendo assim, é fundamental manter a higiene dos ambientes para que não haja o acúmulo de ácaros e outros irritantes. Também é interessante evitar o uso de tapetes, carpetes, cortinas, bichos de pelúcia e tudo mais que possa acumular partículas.
É indispensável manter distância de pessoas que estejam fumando e evitar que as pessoas que vivem na mesma casa tenham esse hábito. Se possível, vale buscar mais qualidade de vida longe dos grandes centros urbanos, e ainda evitar o contato com animais.
Manter uma alimentação saudável e equilibrada e garantir a hidratação do organismo também é muito importante. Isso porque vai manter as mucosas sempre hidratadas e fortalecer o sistema imunológico, minimizando a suscetibilidade para as reações aos agentes alérgicos alergênicos.
Para fazer o controle da asma, é essencial contar com o suporte de um médico especialista. Ele fará todas as recomendações, conforme a necessidade de cada pessoa, e instruirá sobre como agir em diferentes situações para conviver com a asma tendo mais qualidade de vida.
A queda da umidade relativa do ar, assim como as ondas de calor, prejudicam as vias aéreas e favorecem os quadros de rinite, sinusite, alergias, asma e bronquite. Por isso, é fundamental intensificar os cuidados em situações assim, como manter a hidratação do organismo.
O ser humano depende de condições ambientais adequadas para manter a sua saúde em equilíbrio, e isso também envolve a respiração. Situações como a baixa umidade do ar e ondas de calor oferecem um risco significativo para a saúde da respiração de pessoas de todas as idades, em especial crianças, idosos e doentes crônicos.
Mas você sabe quais são os perigos reais que a queda da umidade relativa do ar e as ondas de calor podem trazer? Neste artigo vamos falar sobre os impactos negativos dessas duas condições climáticas, e também apresentar algumas medidas que ajudam a proteger a sua saúde respiratória. Continue lendo e aprenda a se cuidar ainda melhor.
A atmosfera também contém certo percentual de água. Isso é muito importante para que o ar que respiramos esteja em condições adequadas para manter a saúde respiratória. O ideal é que a umidade esteja entre 50% e 80%.
Para que isso aconteça, é preciso que haja uma quantidade regular de chuvas, principalmente. Por isso, nas épocas em que há menos precipitações, o ar tende a ficar mais seco. Ou seja, o percentual de umidade relativa reduz.
Quando acontece essa queda, há uma concentração maior de poluentes no ar. Além disso, as mucosas das vias respiratórias ficam ressecadas, o que favorece ou intensifica os problemas respiratórios.
Quem já tem esses problemas sente um agravamento de quadros como rinite, sinusite, asma, bronquite e alergias. Aqueles que não têm problemas crônicos também experimentam desconfortos, como irritações na mucosa, quadros agudos e até mesmo sangramento no nariz.
A garganta pode ficar muito irritada e inflamada em função do ar seco, principalmente no caso das pessoas que costumam respirar pela boca. As tosses alérgicas se manifestam com intensidade e os pulmões acabam sentindo os reflexos desse ressecamento do ar.
As ondas de calor causam um efeito parecido ao da baixa umidade do ar. Primeiro porque quando as temperaturas ficam muito altas também existe a tendência de uma redução da umidade relativa na atmosfera, o que leva todos os problemas que citamos.
Além disso, o excesso de calor favorece a desidratação do organismo. Então, as mucosas das vias aéreas ficam ressecadas, o que contribui, mais uma vez, para os quadros de rinite e sinusite, assim como tende a agravar a asma e a bronquite. Ainda, com o ressecamento desses tecidos, o organismo fica mais suscetível a infecções.
Nas situações em que há baixa umidade do ar e ondas de calor é fundamental intensificar os cuidados para manter a saúde respiratória em equilíbrio. Uma das medidas principais é beber bastante água para que o organismo se mantenha hidratado.
Dessa forma, as mucosas também estarão umedecidas naturalmente. Suas defesas naturais vão se manter fortalecidas, evitando os quadros agudos e a intensificação dos problemas crônicos.
É importante se manter à sombra, principalmente nos horários de maior incidência da radiação solar, que são entre as 10 horas e as 16 horas. Optar por um cardápio rico em alimentos naturais é essencial. Isso porque as frutas, verduras e legumes ajudam a repor os líquidos do organismo, sem falar das vitaminas que favorecem o sistema imunológico.
Durante os dias secos, o umidificador pode ajudar bastante a manter a umidade do ar em ambientes internos. Procure deixar a casa sempre arejada e evite a exposição a poluentes, como fumaças e poeira.
No caso das pessoas que já têm problemas crônicos, é fundamental buscar conselho com o médico responsável para saber o que fazer em casos de crise. Também para adotar medidas extras que podem contribuir para garantir a saúde respiratória durante os dias mais secos e as ondas de calor. Não se esqueça de cuidar das crianças e dos idosos.
O Vírus Sincicial Respiratório é um dos principais causadores de infecções respiratórias em crianças com menos de 2 anos. Ele provoca quadros de bronquiolite e pneumonia. Ainda não existe vacina no Brasil, mas é possível fazer a prevenção com medidas simples.
As doenças respiratórias são um quadro muito comum durante a infância. Elas geram bastante preocupação nos pais, já que também costumam se manifestar repetidas vezes, e ainda ocorrem com mais frequência durante os meses de outono e inverno.
Existem diversos agentes patógenos que podem causar doenças respiratórias, mas um dos principais é o Vírus Sincicial Respiratório. Ele acomete pessoas de todas as idades, mas afeta principalmente as crianças até os dois anos de idade.
Neste artigo você vai conhecer melhor esse tipo de vírus, os problemas que ele pode causar e ainda as formas de prevenção para evitar as infecções.
O Vírus Sincicial Respiratório, ou VSR, é um tipo de vírus de RNA que pertence à família Paramyxoviridae. Ele é um dos principais causadores de doenças respiratórias e tende a infectar, principalmente, bebês e crianças até os dois anos de idade.
Esse tipo de vírus é altamente contagioso e causa infecções agudas no trato respiratório da pessoa infectada. Praticamente todas as crianças serão infectadas pelo VSR até os dois anos de idade. A maior parte delas desenvolve a infecção ainda durante o primeiro ano de vida, mas também é esperado que ocorram novas infecções ao longo de toda a vida.
Geralmente, a primeira infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório é aquela que afeta com mais gravidade as vias aéreas inferiores. Sendo assim. O VSR tem uma forte relação com a bronquiolite e com a pneumonia que afeta as crianças.
Os quadros graves das infecções respiratórias ocorrem principalmente em crianças menores de 6 meses, recém-nascidos prematuros, crianças com menos de dois anos que apresentam problemas pulmonares, cardíacos, os imunodeprimidos ou que têm condições neuromusculares que interferem na respiração.
Geralmente, as crianças infectadas pelo Vírus Sincicial Respiratório apresentam um quadro gripal leve similar ao resfriado. Entretanto, aquelas que desenvolvem uma forma mais grave de infecção apresentam inflamações nas vias aéreas, o que causa bronquiolite, ou ainda pneumonia.
Apesar de o VSR causar a pneumonia, a vacina contra pneumonia não faz a prevenção contra as infecções provocadas por ele, uma vez que elas são desenvolvidas para barrar outros agentes patógenos.
De toda forma, já está sendo desenvolvida no exterior uma vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório. Ela ainda não está disponível no Brasil, então, por aqui, é possível fazer a aplicação do palivizumabe, um anticorpo que atua contra o VSR, mas está disponível apenas para alguns grupos, como crianças prematuras e bebês cardiopatas.
Como a imunização ainda não está disponível para todas as crianças, o ideal é adotar medidas preventivas a fim de evitar o contato com o vírus. A transmissão acontece por meio do contato com as secreções de pessoas infectadas ou de gotículas dispersas no ar. Também pelo contato com superfícies contaminadas.
Portanto, para fazer a prevenção é preciso:
Além disso, é fundamental manter a hidratação e o aleitamento materno, e uma alimentação nutritiva para as crianças maiores. Caso haja o diagnóstico de infecção pelo VSR, é importante manter a criança em casa, e se houver mais crianças, o ideal é que elas evitem o contato umas com as outras.
Na ocorrência de sintomas de gripe ou resfriado, é essencial procurar ajuda médica. Não se esqueça de que o Vírus Sincicial Respiratório desencadeia infecções parecidas com quadros como esses, mas o problema pode se tornar mais grave. Então, é importante o acompanhamento e cuidado adequado.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um problema que evolui de forma lenta. Gradativamente, ela afeta a capacidade respiratória da pessoa e pode se tornar muito grave.
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma condição de saúde que tem relação direta com o tabagismo. Mas ela também pode ser causada por outros fatores, como a exposição prolongada à fumaça, gases, poluição e até mesmo dependendo das características genéticas de uma pessoa.
Seja qual for a causa da DPOC, essa doença afeta de forma significativa a capacidade respiratória do indivíduo. Por isso, é um quadro que exige atenção. Neste artigo você vai entender melhor o que acontece com uma pessoa que tem a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
Continue lendo para entender se ela realmente é um quadro grave e confira também quais são os sintomas provocados por esse problema.
Para que uma pessoa consiga respirar, os brônquios levam o ar para dentro e para fora do pulmão. Eles têm algumas ramificações, que recebem o nome de bronquíolos, e nos bronquíolos estão os alvéolos. Essas pequenas estruturas enchem de ar quando a pessoa inspira e são esvaziadas durante a expiração.
Em um quadro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, há perda de elasticidade e eventualmente, acúmulo de muco. Também acontece a destruição dos alvéolos. Com isso, o pulmão perde a capacidade de esvaziar e fica repleto de ar (dificuldade expiratória). Desta forma a pessoa perde gradativamente a sua capacidade respiratória.
Pelas explicações que deixamos até aqui, você já deve ter percebido que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um quadro muito preocupante. Como o nome indica, ela tem uma longa duração e, com o passar do tempo, se não receber o devido tratamento, a tendência é de prejudicar cada vez mais a capacidade respiratória.
Por isso, a DPOC é um quadro grave que afeta de forma significativa a qualidade de vida e a saúde da pessoa como um todo. Como acontece a redução da capacidade respiratória, o indivíduo se sente muito cansado aos esforços, como uma caminhada leve ou até mesmo se manter em pé, pode desencadear a falta de ar.
Com a progressão da doença pode ocorrer uma dificuldade nas trocas gasosas, com redução da quantidade de oxigênio no sangue. Isso leva à liberação de substâncias inflamatórias por todo o organismo.
A DPOC é também uma doença multisitêmica, ou seja, que afeta diversos órgãos. Desta maneira ocorre também fraqueza muscular, prejuízos para o raciocínio e risco aumentado de infarto e acidente vascular cerebral.
Vale ressaltar que a doença obstrutiva crônica é um dos principais motivos de internação hospitalar. Além disso, causa milhares de mortes todos os anos, sendo a quarta principal causa de morte no Brasil.
Os principais sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica são a falta de ar e o cansaço excessivo. Contudo, essas manifestações costumam aparecer quando a doença já está em um estágio mais avançado.
Por se tratar de uma condição crônica, ela evolui de forma lenta. Em função disso, os sintomas iniciais nem sempre são percebidos pelo paciente, o que dificulta o diagnóstico da DPOC. Essas primeiras manifestações são o pigarro e a tosse. Com o passar do tempo, o quadro evolui para a bronquite crônica e, por fim, o enfisema pulmonar.
Nesse estágio, os sinais são mais graves. Sendo:
Em função da tosse, a pessoa pode ter bastante dificuldade para dormir. Em um estágio ainda mais avançado, ocorre perda de peso e as unhas ficam arroxeadas (cianose).
Outra característica que faz da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica um quadro grave é o fato de que ela não tem cura. Mas mesmo quando está em um estágio avançado existe tratamento, o que ajuda a diminuir os sintomas e melhorar de forma considerável a qualidade de vida da pessoa. De toda forma, nas primeiras manifestações e desconfortos, é fundamental procurar o médico.
As crianças são muito propensas às doenças respiratórias porque o seu sistema imunológico ainda está se fortalecendo. Mas com algumas medidas simples é possível evitar que os pequenos fiquem doentes.
O sistema imunológico das crianças ainda se encontra em desenvolvimento. O seu organismo, gradativamente, está criando defesas para evitar doenças, como as infecções respiratórias. Por isso, a saúde dos pequenos é mais sensível do que a dos adultos.
Sendo assim, é muito importante adotar algumas medidas para evitar que as crianças contraiam doenças respiratórias. Esse cuidado precisa acontecer em todas as épocas do ano, mas principalmente nos meses mais frios, quando essas condições se disseminam com mais facilidade.
Neste artigo fizemos uma lista de medidas que ajudam a fazer esse tipo de prevenção. Elas são simples de colocar em prática, porém, muito eficazes para cuidar da saúde dos pequenos. Confira!
As mucosas da boca, dos olhos e do nariz são portas de entrada para os patógenos que provocam doenças respiratórias. Uma forma de garantir o fortalecimento das barreiras de proteção dessas áreas é por meio da hidratação do organismo.
Quando ele está devidamente hidratado, as mucosas também se hidratam e o sistema imunológico consegue desempenhar melhor o seu papel. Então, ofereça bastante água para os pequenos. No caso dos bebês, é importante reforçar a amamentação porque o leite também ajuda a manter o corpo hidratado.
O organismo das crianças precisa de nutrientes para que o sistema imunológico esteja fortalecido. Portanto, tenha bastante atenção na hora de montar o cardápio dos pequenos, dando preferência para os alimentos naturais e que oferecem mais vitaminas.
É importante não só enriquecer o cardápio como também manter uma rotina para a dieta, ou seja, ter um horário correto para oferecer os alimentos. Procure evitar lanches pouco saudáveis entre as refeições para não prejudicar o apetite. Nesses momentos, é interessante oferecer algo saudável, como uma fruta ou iogurte.
As mãos costumam levar micro-organismos nocivos para dentro do organismo, como ao tocar a boca, os olhos e o nariz. Sendo assim, procure realizar uma boa higiene das mãos das crianças para eliminar essas ameaças. Ela deve ser feita com água e sabão ou então com o uso de álcool em gel 70%.
Ensine a criança sobre a importância de manter as mãos limpas e mostre como fazer a lavagem da maneira correta. Estimule esse hábito para que o pequeno possa cuidar de si mesmo quando estiver longe dos adultos, como na escola.
As crianças costumam ter o hábito de compartilhar objetos de uso pessoal, como copos e talheres. Instrua os pequenos a não fazerem isso, explicando os motivos para que eles também possam se cuidar.
É importante evitar esse compartilhamento mesmo entre pessoas da família. Afinal, uma pode transmitir os patógenos para a outra. Procure sempre oferecer um objeto para cada um, além de não compartilhar alimentos.
É fundamental garantir a boa limpeza da casa para que não haja acúmulo de agentes que irritam as vias respiratórias, como ácaros, poeira e mofo. Capriche na faxina e mantenha as janelas abertas para garantir a circulação do ar e a entrada da luz solar.
Também tenha cuidado com itens como cortinas, animais de pelúcia e tapetes, pois podem acumular poeira e ácaro. Evite o consumo de cigarro dentro de casa porque a fumaça dele também é muito irritante para as vias respiratórias.
Prefira não levar as crianças para lugares com aglomeração de pessoas. Evite permanecer em locais fechados porque essas condições favorecem de forma significativa a circulação de vírus e bactérias.
No caso dos bebês com menos de 4 meses, a recomendação é evitar sair de casa. Isso porque o organismo ainda está mais propenso a contrair doenças e desenvolver complicações, inclusive porque o esquema de vacinação ainda não foi completado.
O calendário de vacinação infantil inclui a administração de vacinas que previnem a doença respiratória, como a vacina pneumocócica. É fundamental seguir esse calendário para promover uma proteção ainda mais eficaz, fortalecendo o sistema imunológico dos pequenos.
Não se esqueça de contar com o suporte do pediatra para oferecer cuidados personalizados para as crianças conforme suas necessidades. Em caso de dúvida, sempre consulte o especialista e siga as recomendações dele para oferecer toda a proteção que os pequenos precisam.
A vacina pneumocócica é um imunizante que apresenta diferentes tipos e que também está disponível na rede pública de saúde. Ela tem o papel importante de proteger o organismo contra doenças que afetam o sistema respiratório e o cérebro.
Doenças como a pneumonia e a meningite podem ser prevenidas por meio da vacinação. O imunizante aplicado com o objetivo de evitar esse tipo de infecção é chamado de vacina pneumocócica, e pode ser administrado em pessoas de diferentes idades.
No entanto, existe um esquema de vacinação específico que depende da idade e da necessidade de cada paciente. Existe mais de um tipo de vacina pneumocócica, e neste artigo você vai entender melhor como esse imunizante funciona e quais são as indicações dele. Continue lendo e descubra se você também precisa tomar esse tipo de vacina.
A vacina pneumocócica é um tipo de imunizante que evita as infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, também conhecida apenas como pneumococo. Ela consegue promover a proteção contra diferentes sorotipos dessa bactéria.
O pneumococo é responsável por doenças que afetam o trato respiratório e o cérebro, e que podem levar pessoas a óbito. Essas doenças são, por exemplo, a pneumonia bacterêmica, a meningite e a sepse, condições graves e invasivas. Mas também é causadora de algumas doenças não invasivas e que são um quadro mais leve, como a sinusite, a bronquite, a otite média e a pneumonia não bacterêmica.
A transmissão da bactéria acontece por meio do espirro, da tosse e de objetos contaminados. Além disso, as crianças podem ser portadoras dessas bactérias e transmitir para outras pessoas, mesmo sem ficarem doentes. Por isso é tão importante fazer a imunização com a vacina pneumocócica, a fim de evitar que as infecções aconteçam.
Como dito, existe mais de um tipo de vacina pneumocócica. A seguir, explicamos quais são eles.
Também chamada de VPC10. Esse imunizante promove a proteção do organismo contra 10 sorotipos de pneumococos, sendo capaz de prevenir 70% das doenças graves nas crianças.
Conhecida pela sigla VPC13. Essa vacina tem uma amplitude maior, já que protege contra 13 sorotipos de pneumococos. Além disso, é capaz de promover a prevenção de 90% das doenças graves que acometem as crianças.
Também denominada como VPP23. Esse imunizante previne as doenças provocadas por 23 tipos diferentes de pneumococos. No entanto, apesar do seu amplo espectro, ela não é recomendada como imunizante de rotina.
Todas as vacinas pneumocócicas que citamos são desenvolvidas por meio de uma tecnologia que utiliza o patógeno inativo. Ou seja, elas contêm algumas partículas da bactéria, mas como está inativa, não é capaz de causar doenças.
Quando uma pessoa recebe a vacina pneumocócica, o seu organismo tem um contato seguro com o patógeno e o seu sistema imunológico é estimulado a reagir. Basicamente, é um tipo de simulação de infecção, mas que não oferece risco real.
Porém, o organismo entende que o risco existe, então, reforça as suas defesas para evitar que a doença aconteça. No futuro, se a pessoa imunizada tiver contato com a bactéria ativa, o seu corpo já estará preparado para reagir contra essa ameaça real, evitando que a doença se instale.
A VPC10 é oferecida de forma gratuita pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e faz parte das campanhas desde o ano de 2010. Esse imunizante é aplicado em crianças ainda no primeiro ano de vida, com duas doses em um intervalo de no mínimo dois meses. Aos 12 meses de idade é aplicado um reforço.
Se as crianças não receberem a vacina nesta idade, poderão ser imunizadas até os 5 anos, com um esquema diferente. Pessoas com mais de 60 anos também fazem a vacinação com o imunizante. Nesse caso, costuma ser feita a aplicação da VPP23 e da VPC13.
Os portadores de doenças crônicas também têm indicação para receber a vacina pneumocócica. Para eles, a imunização pode ser feita em qualquer faixa etária.
Em caso de dúvidas, o ideal é consultar um médico para entender se existe a necessidade de fazer a imunização com a vacina pneumocócica. Quando ela é recomendada, é fundamental cumprir corretamente o esquema de vacinação proposto para garantir uma proteção completa para o organismo.
A fibrose cística é uma doença genética rara que afeta principalmente os sistemas respiratório e digestivo. Por muitos anos, os pacientes que sofrem com essa condição enfrentaram desafios significativos, incluindo dificuldades respiratórias, problemas digestivos e uma qualidade de vida reduzida. No entanto, um novo medicamento chamado Trikafta vem revolucionando o tratamento da fibrose cística, proporcionando esperança e melhorias consideráveis na qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a recente incorporação do Trikafta no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil representa um marco importante no acesso a essa terapia inovadora.
A fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva, causada por mutações no gene CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator), que resultam em uma produção anormal de muco, suor e enzimas digestivas. Isso leva ao acúmulo de muco espesso nos pulmões e no trato digestivo, causando uma série de problemas de saúde.
Os sinais e sintomas da fibrose cística podem variar, mas geralmente incluem:
A fibrose cística exige tratamento multidisciplinar ao longo da vida, incluindo terapias respiratórias, medicamentos para diluir o muco, antibióticos, enzimas digestivas, exercícios e nutrição adequada.
Trikafta é uma medicação desenvolvida para tratar a fibrose cística em pacientes com determinada mutação genética (que tenham pelo menos um gene chamado delta F508). Sua abordagem inovadora visa corrigir os defeitos subjacentes nas proteínas CFTR (Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator) que estão comprometidas na fibrose cística.
A medicação é uma combinação de três moduladores de CFTR (elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor), destinados a melhorar a função das proteínas, facilitando o transporte adequado de íons e fluidos nas células epiteliais. Isso, por sua vez, contribui para a redução das complicações respiratórias e digestivas associadas à doença. Tento o elexacaftor quanto o tezacaftor funcionam como corretores, ou seja, se ligam à proteína CFTR defeituosa e a ajudam a dobrar de maneira adequada, assim a célula consegue levá-la até a membrana celular ao invés de destruí-la. Já o ivacaftor (comercializado independentemente como Kalydeco) é um potencializados, ou seja, liga-se à proteína CFTR e a mantém aberta, para que mais sais possam passar por ela. Os três medicamentos, combinados, se potencializam, e praticamente corrigem o defeito responsável pelos acometimentos causados pela Fibrose Cística.
Essa terapia for aprovada pela FDA (Food and Drug Administration) em 21 de outubro de 2019 para pessoas com Fibrose Cística com 12 anos ou mais de idade, que tenham ao menos uma mutação delta F508. Em dezembro de 2020 o FDA aumentou o número de mutações cobertas para seu uso, expandindo para um total de 177 mutações. Em 9 de junho de 2021 a FDA incorporou, ainda, o tratamento para crianças entre 6 e 11 anos de idade. Já no Brasil, em 26 de março de 2021 a Vertex Pharmaceuticals (fabricante do Trikafta) solicitou o registro do medicamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No dia 03/08/2023, durante a 121a reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), foi tomada a decisão, baseada nas contribuições recebidas na Consulta Pública número 18 referente ao medicamento, de incorporação do Trikafta ao SUS.
Os benefícios do Trikafta são notáveis e têm transformado a vida dos pacientes com fibrosecística. Alguns dos principais benefícios incluem:
1. Melhoria na função pulmonar: O medicamento tem demonstrado capacidade de melhorar significativamente a função pulmonar dos pacientes, reduzindo a obstrução das vias aéreas e diminuindo a frequência e gravidade das infecções respiratórias.
2. Redução das complicações digestivas: Trikafta também pode melhorar a função do sistema digestivo, permitindo uma melhor absorção de nutrientes e reduzindo problemas como má absorção de gorduras e dificuldades de crescimento em crianças.
3. Aumento da qualidade de vida: Com a melhoria da função pulmonar e digestiva, os pacientes experimentam uma considerável melhoria na qualidade de vida. A capacidade de realizar atividades cotidianas e participar ativamente na sociedade é significativamente ampliada.
A incorporação do Trikafta no SUS representa uma grande conquista para a saúde pública no Brasil. Isso significa que pacientes com fibrose cística terão acesso gratuito a um tratamento que pode trazer melhorias substanciais em suas condições de saúde. A decisão de incluir o Trikafta no rol de medicamentos disponibilizados pelo SUS é um passo importante em direção à equidade no acesso a tratamentos inovadores e de alta qualidade.
O Trikafta está revolucionando o tratamento da fibrose cística, oferecendo aos pacientes uma nova esperança e melhorias tangíveis em sua qualidade de vida. A incorporação do medicamento no SUS é um marco significativo, garantindo que aqueles que lutam contra a fibrose cística tenham acesso gratuito a essa terapia inovadora. À medida que a pesquisa médica continua a avançar, é fundamental celebrar esses progressos e trabalhar juntos para garantir que tratamentos inovadores estejam acessíveis a todos os que deles necessitam.
Um novo estudo conduzido nos Estados Unidos pode levar ao lançamento de um medicamento eficaz e seguro para combater o tabagismo. A citisiniclina demonstrou bons resultados nos testes clínicos e apresentou um grau de tolerância maior do que o de outras substâncias do mercado.
Abandonar o tabagismo é um desafio para a maioria dos fumantes porque o cigarro provoca dependência emocional e física. Sendo assim, nem sempre basta a pessoa querer parar de fumar, já que é preciso eliminar também essa dependência.
Existem no mercado alguns medicamentos utilizados para combate ao tabagismo. No entanto, nem sempre eles apresentam resultados satisfatórios. Mas um novo fármaco está em fase de estudo e aprovação.
A substância é chamada de citisiniclina, e você vai conhecer um pouco mais sobre ela neste artigo. Continue lendo para entender como funciona esse novo medicamento que promete acabar com a dependência do cigarro.
O Centro de Tratamento e Pesquisa de Tabaco do Hospital Geral de Massachusetts, da Universidade de Harvard nos Estados Unidos, está conduzindo um estudo sob autoria de Nancy Rigotti, diretora do Centro, com o intuito de lançar um novo medicamento para combater o tabagismo.
A substância recebeu o nome de citisiniclina, também chamada apenas de cistina. Ela encontra-se em sua última fase de testes clínicos e demonstrou uma grande eficiência entre o grupo de 810 fumantes voluntários.
Esse novo medicamento é um alcaloide natural derivado de plantas. Ele se liga aos receptores de nicotina presentes no cérebro, assim, reduz a vontade de fumar e também os sintomas de abstinência da nicotina.
O mecanismo de ação da citisiniclina é bastante parecido com o de outro medicamento que auxilia no combate ao tabagismo, a vareniclina, que já foi aprovado no Brasil em 2006 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Apesar dessa similaridade, a citisiniclina tem um efeito diferente no organismo. Isso porque essa nova substância causa menos efeitos colaterais do que os outros medicamentos encontrados no mercado. Além disso, ela apresenta uma eficácia muito maior para todos os fumantes.
O estudo conduzido com os voluntários, e que foi publicado na revista JAMA, mostrou que, mesmo depois de encerrar o uso do medicamento, foi alcançado um bom percentual de abstinência.
Os pacientes foram divididos em 3 grupos: Um placebo, um para tratamento com o medicamento por 6 semanas, e outro por 12 semanas. Ao final do estudo, 25,3% dos participantes que usaram a droga por 6 semanas continuavam em abstinência, ou seja, não usaram o cigarro mesmo sem tomar o medicamento, e 32.6% dos que usaram o medicamento por 12 semanas mantiveram abstinência.
Assim, o grande diferencial deste novo fármaco é a sua segurança e a sua tolerância, desencadeando poucos efeitos colaterais leves, como insônia e náusea, em menos de 10% dos participantes de cada grupo do estudo.
Conforme explicamos, esse novo medicamento contra o tabagismo está em fases finais de estudos clínicos. Após a finalização deles, a substância precisará ser aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), uma agência reguladora dos Estados Unidos que atua de forma similar à Anvisa no Brasil.
A farmacêutica responsável pelo desenvolvimento desse medicamento precisa enviar os dados para a aprovação da FDA, o que está previsto para acontecer no primeiro semestre de 2024. Até o momento, não existe expectativa de solicitação da autorização em outros países.
Contudo, esse novo medicamento pode ajudar inúmeras pessoas a vencerem o tabagismo. Por isso, provavelmente, é uma questão de tempo para que ele seja liberado também em outros países.
A citisiniclina vem como uma grande esperança para aqueles que desejam abandonar o vício do cigarro. Ao mesmo tempo, o medicamento será um grande aliado na redução do número de mortes prematuras causadas pelo tabagismo. Vale acompanhar as novas etapas desse processo e aguardar a chegada do fármaco também no Brasil.
A dengue e o vírus sincicial causam preocupações sazonais aqui no Brasil. Enquanto a dengue tem o seu aumento de casos durante o verão, o vírus sincicial provoca mais problemas durante os meses de outono e inverno. Por isso o cuidado com a saúde e a prevenção precisam ser adotados ao longo do ano inteiro.
Mas além de tomar medidas preventivas no dia a dia, existem as vacinas, uma forma muito eficaz de fazer o controle das infecções. Neste artigo você vai aprender um pouco mais sobre os imunizantes contra a dengue e o vírus sincicial, compreendendo como está o cenário aqui no Brasil. Continue lendo.
O vírus sincicial respiratório, também conhecido como VSR, é um agente patógeno pertencente ao gênero Pneumovirus, e um dos principais causadores de infecções agudas nas vias respiratórias.
Ele acomete, principalmente, crianças até os dois anos de idade, pois elas estão mais sujeitas a problemas graves, como a bronquiolite. O VSR também pode causar pneumonia e outras doenças respiratórias preocupantes.
A disseminação do VSR acontece com mais intensidade durante os meses mais frios do ano. Nos Estados Unidos, ele costuma provocar muitos casos de doenças respiratórias em pessoas vulneráveis, por isso, a agência Food and Drug Administration (FDA), que atua de forma similar à Anvisa, recomendou que a vacina da Pfizer contra o VSR comece a ser administrada em adultos mais velhos.
O intuito é vacinar os idosos, mas também existe a possibilidade de aplicar o imunizante em mulheres gestantes. Dessa forma, o organismo da mãe produziria anticorpos que seriam transferidos para o bebê, ajudando a evitar a VSR nos primeiros meses de vida.
Contudo, ambas as vacinas, para idosos e gestantes, ainda estão em processo de aprovação nos Estados Unidos. Na Europa, foi aprovada a administração de uma dose única das vacinas AstraZeneca e Sanofi em bebês de alto risco. Mas a FDA ainda vai debater a liberação desse medicamento nos Estados Unidos.
No Brasil, ainda não está disponível a vacina contra o vírus sincicial. Contudo, ele também circula por aqui e é um dos grandes motivos do atendimento de bebês e crianças em hospitais devido aos quadros de doenças respiratórias.
Em nosso país, a medida preventiva adotada é a oferta do palivizumabe, por meio de um programa do Ministério da Saúde. Trata-se de um anticorpo que atua de forma específica contra o VSR. Ele é ofertado para crianças prematuras nascidas com até 28 semanas, para bebês com cardiopatias congênitas, displasia broncopulmonar ou outro fator de risco.
É administrado uma vez por mês ao longo de cinco meses, antes do período de maior circulação do VSR, a fim de prevenir os casos graves de doenças respiratórias agudas.
A Anvisa aprovou em 2023 a Qdenga, nova vacina contra a dengue desenvolvida pela farmacêutica Takeda. O imunizante é baseado no sorotipo 2 do vírus da dengue atenuado. Ele permanece vivo, porém, está enfraquecido e não é capaz de causar a doença. Essa mesma tecnologia é utilizada nas vacinas contra febre amarela, sarampo, caxumba e poliomielite oral.
A eficácia dessa nova vacina já acontece a partir da administração da primeira dose, e a imunização é ampliada com o reforço. Contudo, após 24 meses, há uma redução da eficácia do imunizante. Por isso, está sendo estudada a necessidade de uma dose de reforço após quatro ou cinco anos.
Mesmo com a eficácia reduzida, a nova vacina contra a dengue é capaz de reduzir a hospitalizações em até 84% e tem eficácia de 61,2% na prevenção dos casos gerais da infecção.
Isso acontece porque o organismo, quando em contato com o vírus enfraquecido, desenvolve anticorpos capazes de combatê-lo. Assim, ao entrar em contato com o agente patógeno em seu estado natural, o corpo é capaz de evitar a infecção.
Já existia uma vacina contra a dengue antes do desenvolvimento da Qdenga. A diferença desse novo imunizante para o anterior é que são necessárias apenas duas doses, enquanto a vacina antiga requer três aplicações.
Além disso, ela é segura para imunização de pessoas entre 4 e 60 anos de idade, enquanto a outra se limitava à população dos 9 aos 45 anos. A nova vacina pode ser aplicada mesmo em pessoas que não tiveram dengue, enquanto a anterior era voltada somente para aqueles que já tinham passado por um quadro de infecção.
Gradativamente, a medicina avança no desenvolvimento de novos imunizantes e as novidades envolvem também o Brasil. Cabe a cada um fazer a sua parte e acompanhar essas inovações buscando a própria imunização, para conseguirmos conter o avanço de doenças e evitar a morte de pessoas.
Nos meses de inverno, a tendência é chover menos, o que deixa a umidade do ar muito baixa. Esse fenômeno favorece o acúmulo de poluentes, um dos fatores que contribuem para a manifestação de doenças respiratórias.
Além disso, as pessoas costumam ficar em ambientes fechados e aglomerados. Dessa forma, a disseminação de agentes infecciosos acontece mais facilmente. Por isso, é preciso redobrar os cuidados e adotar diversas medidas preventivas para evitar os problemas típicos dessa época do ano.
Continue lendo e veja o que você precisa fazer para se cuidar também.
Com o tempo mais seco e o acúmulo de poluentes no ar, as mucosas tendem a ficar ressecadas. Quando isso acontece, há uma redução da proteção natural contra agentes infecciosos, então, precisamos garantir a hidratação de dentro para fora.
Procure beber bastante água para que o seu corpo fique hidratado. Isso vai ajudar a fortalecer o sistema imunológico, prevenindo também as irritações na garganta e a tosse alérgica.
Faça uma boa higienização das roupas de frio, dos cobertores, edredons e outros tecidos da casa. Evite colocar em uso antes de uma boa lavagem e da secagem ao sol, para que ácaros, traços de poeira e mofo sejam eliminados.
Em vez de varrer a casa, vale usar o aspirador de pó. Assim vai evitar que a poeira se acumule sobre os estofados, a cama e outras superfícies. Se for possível, evite o uso de tapetes e cortinas durante o inverno.
É fundamental garantir a ventilação dos ambientes para que o ar seja renovado. Como você viu na introdução, espaços fechados e com muitas pessoas disseminam com facilidade agentes infecciosos que causam, por exemplo, gripes e resfriados. Prefira se agasalhar melhor para evitar a "friagem", mas deixe que o ar circule no ambiente.
Evite o contato com fumaça, poeira e qualquer outro agente irritante que possa prejudicar as suas vias respiratórias. Procure ficar longe de pessoas fumantes e tenha bastante cuidado com o uso do ar condicionado, já que ele também pode disseminar agentes infecciosos.
Quando perceber que o tempo está muito seco e com muitos poluentes no ar, você pode usar uma máscara de proteção. Isso também é válido para quando precisar estar em locais com aglomeração de pessoas, como terminais rodoviários, metrôs e aeroportos.
Evite tocar os olhos, o nariz e a boca sem antes higienizar as suas mãos. Elas podem levar os agentes infecciosos para o seu organismo. Por isso, mantenha sempre muito bem lavadas e desinfetadas com álcool em gel 70%.
Sempre que possível, evite tocar superfícies, como corrimões e balcões de atendimento. Também tenha o cuidado de manter distância das demais pessoas, principalmente aquelas que estiverem apresentando sintomas de gripe e resfriado.
Os dias mais frios estimulam o consumo de alimentos calóricos, mas nessa época do ano é ainda mais importante reforçar o sistema imunológico, garantindo um cardápio saudável. Então, capriche na quantidade de verduras, legumes e frutas.
Elabore uma dieta balanceada para que o seu corpo receba todos os nutrientes necessários para se fortalecer. Alie a esse cuidado à ingestão de água ou de sucos de frutas naturais, deixando os refrigerantes um pouco de lado.
As doenças respiratórias podem se manifestar em qualquer época do ano, mas as características do período de inverno favorecem essas condições. Então, cuide-se bem para que você passe por esse período com mais saúde.