Novo medicamento promete acabar com o tabagismo. Confira!

Tempo de leitura: 3 min.
Atualizado em: 08/08/2023
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Um novo estudo conduzido nos Estados Unidos pode levar ao lançamento de um medicamento eficaz e seguro para combater o tabagismo. A citisiniclina demonstrou bons resultados nos testes clínicos e apresentou um grau de tolerância maior do que o de outras substâncias do mercado.

Abandonar o tabagismo é um desafio para a maioria dos fumantes porque o cigarro provoca dependência emocional e física. Sendo assim, nem sempre basta a pessoa querer parar de fumar, já que é preciso eliminar também essa dependência.

Existem no mercado alguns medicamentos utilizados para combate ao tabagismo. No entanto, nem sempre eles apresentam resultados satisfatórios. Mas um novo fármaco está em fase de estudo e aprovação.

A substância é chamada de citisiniclina, e você vai conhecer um pouco mais sobre ela neste artigo. Continue lendo para entender como funciona esse novo medicamento que promete acabar com a dependência do cigarro.

Qual é o novo medicamento para combater o tabagismo?

O Centro de Tratamento e Pesquisa de Tabaco do Hospital Geral de Massachusetts, da Universidade de Harvard nos Estados Unidos, está conduzindo um estudo sob autoria de Nancy Rigotti, diretora do Centro, com o intuito de lançar um novo medicamento para combater o tabagismo.

A substância recebeu o nome de citisiniclina, também chamada apenas de cistina. Ela encontra-se em sua última fase de testes clínicos e demonstrou uma grande eficiência entre o grupo de 810 fumantes voluntários.

Esse novo medicamento é um alcaloide natural derivado de plantas. Ele se liga aos receptores de nicotina presentes no cérebro, assim, reduz a vontade de fumar e também os sintomas de abstinência da nicotina.

Qual é a diferença da citisiniclina para os demais medicamentos contra tabagismo?

O mecanismo de ação da citisiniclina é bastante parecido com o de outro medicamento que auxilia no combate ao tabagismo, a vareniclina, que já foi aprovado no Brasil em 2006 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Apesar dessa similaridade, a citisiniclina tem um efeito diferente no organismo. Isso porque essa nova substância causa menos efeitos colaterais do que os outros medicamentos encontrados no mercado. Além disso, ela apresenta uma eficácia muito maior para todos os fumantes.

O estudo conduzido com os voluntários, e que foi publicado na revista JAMA, mostrou que, mesmo depois de encerrar o uso do medicamento, foi alcançado um bom percentual de abstinência.

Os pacientes foram divididos em 3 grupos: Um placebo, um para tratamento com o medicamento por 6 semanas, e outro por 12 semanas. Ao final do estudo, 25,3% dos participantes que usaram a droga por 6 semanas continuavam em abstinência, ou seja, não usaram o cigarro mesmo sem tomar o medicamento, e 32.6% dos que usaram o medicamento por 12 semanas mantiveram abstinência.

Assim, o grande diferencial deste novo fármaco é a sua segurança e a sua tolerância, desencadeando poucos efeitos colaterais leves, como insônia e náusea, em menos de 10% dos participantes de cada grupo do estudo.

A citisiniclina já está disponível no Brasil?

Conforme explicamos, esse novo medicamento contra o tabagismo está em fases finais de estudos clínicos. Após a finalização deles, a substância precisará ser aprovada pela FDA (Food and Drug Administration), uma agência reguladora dos Estados Unidos que atua de forma similar à Anvisa no Brasil.

A farmacêutica responsável pelo desenvolvimento desse medicamento precisa enviar os dados para a aprovação da FDA, o que está previsto para acontecer no primeiro semestre de 2024. Até o momento, não existe expectativa de solicitação da autorização em outros países.

Contudo, esse novo medicamento pode ajudar inúmeras pessoas a vencerem o tabagismo. Por isso, provavelmente, é uma questão de tempo para que ele seja liberado também em outros países.

 A citisiniclina vem como uma grande esperança para aqueles que desejam abandonar o vício do cigarro. Ao mesmo tempo, o medicamento será um grande aliado na redução do número de mortes prematuras causadas pelo tabagismo. Vale acompanhar as novas etapas desse processo e aguardar a chegada do fármaco também no Brasil.

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