Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é grave? Quais são os sintomas?

Tempo de leitura: 3 min.
Atualizado em: 13/09/2023
Sumário

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um problema que evolui de forma lenta. Gradativamente, ela afeta a capacidade respiratória da pessoa e pode se tornar muito grave.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma condição de saúde que tem relação direta com o tabagismo. Mas ela também pode ser causada por outros fatores, como a exposição prolongada à fumaça, gases, poluição e até mesmo dependendo das características genéticas de uma pessoa.

Seja qual for a causa da DPOC, essa doença afeta de forma significativa a capacidade respiratória do indivíduo. Por isso, é um quadro que exige atenção. Neste artigo você vai entender melhor o que acontece com uma pessoa que tem a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

Continue lendo para entender se ela realmente é um quadro grave e confira também quais são os sintomas provocados por esse problema.

O que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)?

Para que uma pessoa consiga respirar, os brônquios levam o ar para dentro e para fora do pulmão. Eles têm algumas ramificações, que recebem o nome de bronquíolos, e nos bronquíolos estão os alvéolos. Essas pequenas estruturas enchem de ar quando a pessoa inspira e são esvaziadas durante a expiração.

Em um quadro de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, há perda de elasticidade e eventualmente, acúmulo de muco. Também acontece a destruição dos alvéolos. Com isso, o pulmão perde a capacidade de esvaziar e fica repleto de ar (dificuldade expiratória). Desta forma a pessoa perde gradativamente a sua capacidade respiratória.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é grave?

Pelas explicações que deixamos até aqui, você já deve ter percebido que a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é um quadro muito preocupante. Como o nome indica, ela tem uma longa duração e, com o passar do tempo, se não receber o devido tratamento, a tendência é de prejudicar cada vez mais a capacidade respiratória.

Por isso, a DPOC é um quadro grave que afeta de forma significativa a qualidade de vida e a saúde da pessoa como um todo. Como acontece a redução da capacidade respiratória, o indivíduo se sente muito cansado aos esforços, como uma caminhada leve ou até mesmo se manter em pé, pode desencadear a falta de ar.

Com a progressão da doença pode ocorrer uma dificuldade nas trocas gasosas, com redução da quantidade de oxigênio no sangue. Isso leva à liberação de substâncias inflamatórias por todo o organismo. 

A DPOC é também uma doença multisitêmica, ou seja, que afeta diversos órgãos. Desta maneira ocorre também fraqueza muscular, prejuízos para o raciocínio e risco aumentado de infarto e acidente vascular cerebral.

Vale ressaltar que a doença obstrutiva crônica é um dos principais motivos de internação hospitalar. Além disso, causa milhares de mortes todos os anos, sendo a quarta principal causa de morte no Brasil.

Quais são os sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC)?

Os principais sintomas da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica são a falta de ar e o cansaço excessivo. Contudo, essas manifestações costumam aparecer quando a doença já está em um estágio mais avançado.

Por se tratar de uma condição crônica, ela evolui de forma lenta. Em função disso, os sintomas iniciais nem sempre são percebidos pelo paciente, o que dificulta o diagnóstico da DPOC. Essas primeiras manifestações são o pigarro e a tosse. Com o passar do tempo, o quadro evolui para a bronquite crônica e, por fim, o enfisema pulmonar.

Nesse estágio, os sinais são mais graves. Sendo:

  • respiração ofegante;
  • respiração com chiado;
  • crises de falta de ar;
  • tosse persistente;
  • produção de catarro;
  • desconforto ou aperto no peito;
  • falta de ar que piora com esforço.

Em função da tosse, a pessoa pode ter bastante dificuldade para dormir. Em um estágio ainda mais avançado, ocorre perda de peso e as unhas ficam arroxeadas (cianose).

Outra característica que faz da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica um quadro grave é o fato de que ela não tem cura. Mas mesmo quando está em um estágio avançado existe tratamento, o que ajuda a diminuir os sintomas e melhorar de forma considerável a qualidade de vida da pessoa. De toda forma, nas primeiras manifestações e desconfortos, é fundamental procurar o médico.

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