Paciente sexo feminino, 86 anos, admitida no hospital devido dispneia, dorsalgia, tosse e dor no peito, com piora há um dia. Comorbidades: Asma desde a infância, fratura de fêmur em 2022, com tromboembolismo pulmonar na ocasião, anticoagulou por 6 meses, hipertensão arterial sistêmica e obesidade. Tem dificuldade para deambular. Caminha com ajuda de um andador. Nega tabagismo.
À admissão no Pronto Socorro, apresentava um bom estado geral, lúcida e orientada, confortável em ar ambiente, com dor leve em dorso, à esquerda. Estava com FC 80 bpm, PA 110/80mmHg, FR 18 ipm, Tax 36.5 graus, SpO2 95%, perna direita vermelha e empastada ao exame físico.
O plantonista logo calculou o Escore de Wells (conforme tabela abaixo), que avalia a probabilidade clínica do paciente apresentar TEP (tromboembolismo pulmonar) - mesmo antes da realização de exames complementares. Sua pontuação foi: TEP prévio: +1,5 pontos, sinais clínicos de TVP: +3 pontos, diagnóstico alternativo menos provável que TEP: +3 pontos, logo a paciente tinha uma Alta Probabilidade de ter TEP.
Desta forma, conforme o fluxograma abaixo, a paciente apresentava Alto Risco de TEP, sendo encaminhada para Angiotomografia de tórax.
O exame realizado encontra-se abaixo:
Nesta imagem vê-se claramente uma falha de enchimento em ramo arterial subsegmentar no lobo superior esquerdo (seta vermelha). Assim, deu-se o diagnóstico de Tromboembolismo Pulmonar Agudo. Quer saber como conduzir um TEP no pronto socorro? Clique aqui.